Lula critica desigualdade global na assembleia geral da ONU
Na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (24), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de reformar as instituições financeiras globais e criticou as políticas econômicas dos países ricos que perpetuam a desigualdade global.
Lula argumentou que países africanos enfrentam condições de empréstimo desfavoráveis e criticou a manutenção de Cuba em listas que a acusam de promover o terrorismo.
O presidente reiterou a importância da inclusão dos países do sul global nas decisões econômicas internacionais, citando que “Sem maior participação dos países em desenvolvimento na direção do FMI e do Banco Mundial, não haverá mudança efetiva.”
Lula também enfatizou a injustiça das taxas de empréstimo exorbitantes cobradas de países africanos em comparação com nações desenvolvidas.
Além disso, Lula defendeu a voz dos povos indígenas nas discussões sobre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Ele salientou que não é possível conceber soluções para as florestas tropicais sem a participação dessas comunidades, destacando o potencial da bioeconomia.
No âmbito da representação internacional, o presidente brasileiro chamou atenção para a necessidade de uma maior representatividade no sistema da ONU, especialmente para os países do sul global e para as mulheres nas posições de liderança.
“É hora de reagir com vigor a essa situação, restituindo à Organização as prerrogativas que decorrem da sua condição de foro universal”, concluiu Lula.