Extremistas ignoram pedido de Bolsonaro e migram em massa para candidatura de Marçal
Lideranças bolsonaristas têm expressado descontentamento nos bastidores com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Apesar disso, evitam demonstrar publicamente esse desagrado para não confrontar o ex-presidente. Parlamentares do PL e aliados, incluindo membros do Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas, articulam apoio ao candidato Pablo Marçal (PRTB).
Marçal, que foi preso em 2005 durante a operação Pegasus, operação que desmantelou uma quadrilha especializada em fraudes bancárias, é visto por alguns bolsonaristas como o candidato que mais representa os valores da extrema direita na capital paulista.
Embora tenha sido condenado a quatro anos e cinco meses de prisão, a pena foi extinta em 2018 por prescrição.
Segundo informações do UOL, Bolsonaro tem orientado influenciadores de direita a evitar apoio a Marçal nas redes sociais, mantendo o foco em Nunes.
Essa postura tem gerado insatisfação entre bolsonaristas, que prefeririam apoiar publicamente um candidato que consideram mais alinhado às pautas conservadoras.
Marçal, que tem adotado um discurso mais agressivo, vem ganhando força ao evocar símbolos associados ao bolsonarismo e à extrema direita.
A divergência entre bolsonaristas e Bolsonaro marca um momento de tensão, especialmente com o crescimento de Marçal nas últimas semanas. O apoio de Bolsonaro a Nunes é visto por alguns como parte de uma estratégia política interna do PL, ligada às articulações do presidente do partido, Valdemar Costa Neto.