Fluminense vence o Boca Juniors no Maracanã e é campeão da Libertadores
Após um longo período de espera, a torcida do Fluminense finalmente pôde celebrar a conquista da Taça Libertadores. A vitória sobre o Boca Juniors, num Maracanã lotado e eufórico, marcou o fim de uma jornada de 15 anos e coroou o trabalho incansável da equipe carioca. Este é o título que os tricolores tanto almejavam, e a História foi escrita em uma noite memorável para o clube.
A conquista do título da Libertadores em 2023 é resultado de um trabalho coeso e dedicado, que começou a se desenhar com a chegada de Fernando Diniz no ano anterior. O time campeão é uma verdadeira sinfonia coletiva, embalada por talentos individuais notáveis. Entre essas estrelas, brilha Marcelo, que retornou ao clube que o revelou, deixando o futebol europeu, para erguer a taça. Além dele, Germán Cano se destacou como o maior artilheiro do Fluminense na competição, com 16 gols marcados.
No entanto, o momento mais brilhante da final foi protagonizado por um jogador que vinha recebendo menos destaque. John Kennedy, um jovem de 21 anos, saiu do banco de reservas para concretizar a profecia de Fernando Diniz, que lhe havia prometido que ele marcaria o gol do título. E assim o fez na prorrogação, quando, com uma finalização precisa, concretizou o sonho dos torcedores tricolores. John Kennedy emergiu como peça-chave do time nos últimos meses, com gols decisivos ao longo da Libertadores.
O jogo, como era de se esperar, foi marcado por tensão e drama para as duas torcidas. O Fluminense iniciou a partida de forma dominante, indo para o intervalo com a vantagem no placar. O time de Fernando Diniz controlou o ritmo da partida durante os primeiros 45 minutos, com maior posse de bola (68%) e mais chances de gol. Enquanto o Boca finalizou apenas uma vez, os tricolores chutaram cinco vezes em direção ao gol.
O primeiro gol da partida ocorreu aos 36 minutos, quando Keno protagonizou uma jogada notável pela direita e Cano, mestre na arte da finalização, marcou com precisão, anulando qualquer possibilidade de defesa por parte do goleiro Romero.
O drama, porém, estava reservado para a segunda etapa. O Boca avançou sua marcação e pressionou o Fluminense, rondando a área do time carioca. Mas, até os 26 minutos, não dava sinais de que empataria. Foi quando Advíncula, que havia tido dificuldades na marcação de Cano no primeiro gol, aproveitou uma brecha na defesa e marcou um belo gol de fora da área, igualando o placar.
Na prorrogação, o Boca tentou esfriar o ritmo do jogo e apostou novamente em levar a disputa para os pênaltis. No entanto, não contava com a explosão de John Kennedy, que, aos 6 minutos do primeiro tempo da prorrogação, soltou um verdadeiro petardo para marcar o gol decisivo e mudar o destino da final.
No calor da celebração, John Kennedy correu em direção à mureta da arquibancada e recebeu um cartão amarelo. Como já havia sido advertido anteriormente, o segundo cartão resultou em sua expulsão. Contudo, a desvantagem numérica não durou muito, uma vez que Fabra também recebeu um cartão vermelho nos acréscimos. O Fluminense manteve a vantagem e, com direito a uma bola na trave de Guga, confirmou a vitória.
A conquista da Taça Libertadores de 2023 representa mais do que um troféu para o Fluminense. É a celebração de uma trajetória, a redenção pelo passado e a afirmação de que, por meio da dedicação e do talento coletivo, é possível alcançar os sonhos. Nesta noite memorável, o Fluminense provou que a América é tricolor.